Como superar as críticas destrutivas

As críticas fazem parte do processo de vivência em sociedade. Elas têm um papel muito importante, pois é através delas que muitas pessoas demonstram seus pensamentos e julgamentos sobre determinados tipos de coisas, e isto faz com que passemos a dar muita importância para as críticas, principalmente para as críticas de pessoas que temos algum apego emocional ou admiração.

A crítica, quando bem feita, pode servir para que a outra pessoa, a recebedora da crítica, se desenvolva, dependendo da forma como foi feita e do tipo de coisa a ser criticada. Chamamos isto de crítica construtiva, que é quando ela realmente tem o objetivo de ajudar o outro a melhorar nos mais diversos aspectos. Ela é uma crítica mais bem elaborado e o crítico geralmente pensa de uma forma mais racional sobre o que está falando.

Por outro lado, a crítica destrutiva é aquela que é feita sem o objetivo de ajudar o outro, e sim, apenas fazer com que ele se sinta mal de alguma maneira, e geralmente ela tem êxito. E esse êxito é obtido pois damos muito valor a ela. Geralmente damos mais valor às criticas negativas do que para as críticas positivas. A crítica negativa pode ser feita em momentos de raiva, não sendo tão pensada pelo crítico, pois está impulsionado pelo momento.

Como estamos acostumados a dar muito valor a essas criticas e principalmente ao que o outro pensa a nosso respeito, o processo para fazer com que a crítica destrutiva não nos afete de uma forma tão negativa que vá diminuir a probabilidade de realizarmos os comportamentos criticados, é estando em um processo muito profundo de autoconhecimento.

Entenda, geralmente quando não nos conhecemos o suficiente, acreditamos que o outro nos conheça melhor por estar convivendo conosco e sempre observando, de um certa forma, o que fazemos, portanto, quando uma pessoa nos crítica, passamos a acreditar que somos realmente do jeito que a pessoa nos criticou, e nos esquecemos de pensar que a forma que ela nos criticou é apenas a forma como ela observa as coisas, da maneira dela, não necessariamente sendo verdadeira, a final, a forma como o outro entende e percebe minhas ações, não necessariamente são iguais a forma com que eu achei que ele as receberia.

O que quero dizer com tudo isto é que, se você se conhece e entende as consequências de suas ações, você saberá mais facilmente deixar de dar importância demasiada às criticas negativas feitas por outra pessoa, mesmo que essa crítica seja direcionada para uma ação que você teve, intencional ou não.

Para esclarecer melhor, sempre que tomamos uma atitude, que de alguma forma, faça com que o outro se decepcione ou tenha suas expectativas diminuídas por causa desta atitude, ele pode acabar, no momento de frustração, criticando-nos profundamente de uma forma destrutiva e isto pode fazer com que não consigamos mais realizar a atividade que fomos criticados. Pois bem, neste caso, a pessoa nos “atacou” deliberadamente por causa de sua frustração. Ao pensarmos nisto, estamos vendo do ponto de vista dela, o porque fomos criticados. E esta é uma outra forma de fazer com que essas críticas não sejam tão danosas assim para nós. Entendendo o propósito da crítica e se colocando no lugar da pessoa.

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Quando imaginamos que nosso comportamento fez com que a outra pessoa se sentisse mal ou frustrada, e ela nos criticou, podemos pensar que ela fez isto pois gostaria que, de alguma forma, nós nos sentíssemos mal ou frustrados também, e entendendo este propósito, podemos dar um significado diferente a esta crítica. Ou seja, não é só porque eu fiz isso que fui criticado, e sim, porque eu fiz isto com essa pessoa e ela se sentiu prejudicada. Outras pessoas podem ou não se sentirem assim.

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Para finalizar, quando passamos a perceber todos esses aspectos das críticas, passamos a pensar também na forma como nós utilizamos das críticas para atingir o outro. E passamos a nos colocar no lugar do outro também quando vamos criticar, pois se eu não quero ser criticado desta maneira, talvez não deva criticar o outro, podendo escolher outros caminhos para manifestar como eu me sinto, sem necessariamente fazer com que ele se sinta mal.

Todos os nossos comportamentos produzem um efeito, e nem sempre nós pensamos no efeito, positivo ou negativo, que este comportamento poderá trazer para a outra pessoa. Quando entramos nesse processo de autoconhecimento, passamos a perceber com mais facilidade o porquê de alguns comportamentos que temos e até mesmo quais consequências ele poderá acarretar para mim e para o outro. Este é um longo processo, mas que fará, aos poucos, com que possamos sofrer cada vez menos os danos causados pelos outros ou até mesmo por nós mesmos.