O caminho para a felicidade conjugal

O caminho para a felicidade conjugal

Muitas pessoas equivocadamente buscam semelhar seus relacionamentos aos relacionamentos dos outros, com o pensamento de que se o relacionamento do outro está sendo funcional, o seu também pode ser da mesma maneira e com isto, como se enxergasse um “caminho” para que seu relacionamento atual também funcione da mesma maneira. O casal que espelha seu relacionamento no do outro, está fadado ao fracasso.

Concordo que o seu relacionamento pode ser tão, ou até mais funcional do que o do outro, mas devemos ter em mente que não existe um caminho a ser traçado para a felicidade conjugal. O caminho da felicidade conjugal, ou seja, o caminho para um relacionamento estável, duradouro e principalmente saudável, deve ser construído única e exclusivamente pelo casal que está inserido neste relacionamento. Ou seja, de nada  adianta tentar traçar os mesmo caminhos, ou melhor, os mesmo meios que outros casais que nos parecem ser “felizes” traçaram, acreditando equivocadamente que se fizermos o mesmo também seremos felizes e que somente assim o relacionamento passará a funcionar.

Devemos pensar portanto, que em um relacionamento existem duas pessoas, com duas histórias de vida diferentes e personalidades diferentes. Com esta junção de diferenças acontece o surgimento de uma personalidade própria do casal que engloba a de ambos mais as demandas sociais. Dessa forma, podemos pensar que os relacionamentos são únicos (assim como as pessoas), e os meios para que este relacionamento funcione, ou seja, que se encontre o caminho da felicidade conjugal, pode ser feito através do entendimento, por parte de seus integrantes, desta personalidade do casal. Da mesma maneira que uma pessoa deve encontrar o caminho para que seja mais feliz, e este caminho somente ela pode encontrar, assim se dá nos relacionamentos.

Ao percebemos a personalidade que se criou com a junção dessas duas pessoas, fica mais fácil que os mesmos consigam, ao longo do tempo, um equilíbrio no relacionamento. Veja bem, não podemos confundir o equilíbrio em um relacionamento com o fato de não existirem brigas ou até mesmo achar que o casal se conformou e entregou-se à rotina. Muito pelo contrário, o casal que entende a dinâmica do relacionamento, conhece a si e ao outro e busca junto o sentimento de completude e felicidade e juntos conseguem fazer com que as diferenças sejam diminuídas e os confrontos resolvidos com maior facilidade, de forma que uma questão não irá incomodar o casal por muito tempo, pois o mesmo encontrará uma forma de resolve-la.

Neste ponto de vista é possível pensar que no caminho da felicidade conjugal, que é construída pelo casal como um processo, o casal passará a ter menos questões a serem resolvidas do que questão não resolvidas, portanto as diferenças e os conflitos do casal não vão se acumulando a ponto de que levem ao término do relacionamento. Todas as diferenças e conflitos são resolvidos assim que surgem para que um novo conflito não pareça maior do que realmente é.

Um outro meio de o casal encontrar este equilíbrio, tendo em vista que ainda estão conhecendo as próprias características e as características do relacionamento, é através da conversa, onde não existe uma maneira certa de ocorrer. É um jeito que o próprio casal encontra de conseguir resolver suas questões. Esse jeito é próprio deste casal, visto que, outros casais irão resolver suas questões de outras maneiras. Portanto, não existe uma forma de “copiar” estas questões. Por outro lado, devemos sim ter como exemplo os casais que são saudáveis, mas não buscando a forma como eles chegaram a este relacionamento funcional e sim desejar que o nosso próprio relacionamento fique da mesma maneira mas conosco encontrando os caminhos para isto.

Para concluir é preciso deixar claro que a felicidade do casal é responsabilidade de seus integrantes e da forma como encontram para comunicarem suas questões. Sendo que a maneira que o casal encontrou de entrar em um acordo não deve servir de receita para os outros casais, tampouco ser copiada de outros, é preciso entender a subjetividade de cada membro do grupo para que a aceitação e compreensão do outro torne-se mais verdadeira.