Como modificar as suas crenças limitantes

As crenças podem nos motivar para realizarmos nossos objetivos, como também podem servir de empecilho para não conseguirmos isto. Elas surgem de acordo com nossas experiências e de como nós aprendermos a lidar com as situações. Podemos separar as crenças entre crenças centrais, que são aquelas que estão mais enraizadas em nós, sendo mais difíceis de percebe-las, nos fazendo repetir alguns comportamentos com maior frequência (sejam comportamentos positivos ou negativos). A crença intermediária é aquela que acessamos e reconhecemos com maior facilidade e, por fim, os pensamentos automáticos, que são provenientes de nossas crenças, dando vasão aos nossos comportamentos.

Desta forma elaboramos dicas de como eliminar as crenças limitantes, que geralmente tem como consequência os pensamentos negativos, sendo a causa de desistirmos com maior facilidade. Vamos então às dicas:

 1) Perceba suas crenças

Os pensamentos automáticos geralmente são os mais fáceis de serem identificados e é através deles que iremos entender nossas próprias crenças. Por exemplo, um pensamento automático de quando você fracassa em algo pode ser “eu sabia que não ia conseguir”, este pensamento comumente é consequência da crença intermediária “eu não consigo o que eu quero”, ou até mesmo de crenças centrais como “eu nunca faço nada certo”. Desta forma, é preciso tentar entender os pensamentos automáticos para então entender as próprias crenças .

 2) Anote as frequências de um pensamento automático

É muito difícil perceber todos os pensamentos automáticos, desta forma é interessante saber a frequência de um determinado tipo de pensamento, para perceber então que este pensamento negativo está ligado diretamente a suas crenças limitantes. Para descobrir isto pode ser necessário que você anote sempre que tiver um mesmo pensamento negativo a cerca de conteúdos que possam estar te limitando.

 3) Perceba em qual situação esse pensamento é mais comum

Agora que sabemos a frequência deste pensamento automático, tente perceber em quais tipos de situações este pensamento aparece. Geralmente serão em situações relacionadas às crenças limitantes ou em situações das quais você já teve experiências negativas, que também estão te limitando.

 4) Entenda a origem desta crença

Anotando os pensamentos e percebendo sua frequência, fica mais fácil compreender qual é esta crença central limitante. Desta forma é necessário tentar compreender de onde surgiu esta crença central. Pense em grandes acontecimentos negativos de sua vida, que possam ter colaborado para que esta crença central tenha se originado. Geralmente é uma lembrança de fracasso que ainda te traga algum sentimento negativo, ou até mesmo alguma experiência ruim que ainda é recorrente em sua memória.

 5) Busque por falhas nesta crença

Como você já percebeu qual é a sua crença e como ela se originou, fica mais fácil desmistificá-la, tendo em mente que algumas crenças são infundadas. Encontre as lacunas da crença e mostre para si mesmo como esta crença não tem fundamento, estando já ultrapassada, pois hoje você é uma pessoa diferente de quando esta crença se originou. Tente entender que esta crença serve apenas para te limitar, pensando em novos meios de resolver as questões referentes a esta crença

6) Acredite nesta crença como superada

Isto significa dizer que esta crença não faz mais parte de quem você, é sim parte do que eu você já foi um dia. Assim você aceita que esta crença está ultrapassada e portanto superada, pois em novas circunstâncias as coisas seriam diferentes.

7) Modifique e aprenda novas suas crenças

Agora começa a ficar mais complicado. Após perceber as próprias crenças limitantes e quais pensamentos estas crenças originam, se faz necessário modificar estas crenças. Elas foram aprendidas por você e, tudo o que é aprendido pode ser desaprendido e reaprendido de uma forma diferente. Assim, com a compreensão do tipo de crença fica mais fácil tentar aprender uma nova crença ou modificar a atual.

8) Foque-se no momento atual

Atualmente você não é mais a mesma pessoa de quando estas crenças se estruturaram, desta forma se faz necessário pensar novos caminhos e novos comportamentos referentes a crença que se originou. Por exemplo: se está crença surgiu a partir de uma experiência negativa, reflita sobre esta experiência e perceba como seriam seus comportamentos a partir de quem você é hoje e como você mudaria o que aconteceu. Assim você se prepara para estes acontecimentos e se percebe apto a enfrenta-los, fazendo com que a crença torne-se desnecessária, modificando-a para a crença de que você é capaz.

 9) Tome uma atitude

Agora é hora de tomar atitudes comportamentais para que a nova crença torne-se uma crença central. A partir de tudo o que você reconstruiu através do pensamento para o surgimento da nova crença é preciso que você aja e faça acontecer o que você pensou. É através da tentativa e erro que começa-se a construir a nova crença. Sempre que você acertar, comportando-se da forma que você espera e deseja, faz com que a crença inicial de que “eu nunca faço nada certo” se transforme em uma crença de “eu sou capaz de acertar”, lhe proporcionando assim uma novas motivações para realizar seus objetivos, independe de quais sejam.

10) Seja paciente

É interessante pensar que as crenças centrais não serão modificadas da noite para o dia, elas levam tempo e precisam de certa dedicação. Um bom caminho para modifica-las é modificando também os próprios pensamentos automáticos para que quando a nova crença se estruturar estes pensamentos já sejam mais corriqueiros.